Leia a apresentação do nosso livro: Os OKRs e as Métricas Exponenciais – a Gestão Ágil da Estratégia na Era Digital, e veja como ele pode ajudar a sua empresa na adoção da metodologia de gestão de desempenho utilizadas pelas startups de sucesso do Vale do Silício.
A mensagem inicial do livro é que os OKRs são a Estratégia Ágil em Ação para a Era Digital, a Indústria 4.0 e a Outcome Economy.
Você verá como, inicialmente as Startups e, depois, as grandes Corporações vem alcançando grande sucesso com a adoção dos OKRs – Objetivos e Resultados-Chave.
Os OKRs refletem o Startup Way e permite que uma grande corporação possa ser dirigida como se fosse uma Startup, incorporando as seguintes características:
- Atitude empreendedora;
- Cliente no centro do negócio;
- Inovação tecnológica exponencial;
- Pessoas focadas nas prioridades do negócio;
- Execução ágil;
- Teste de hipótese e;
- Rápido aprendizado.
Um alerta para o leitor: por mais tentador que seja, os OKRs não são uma lista de objetivos e KPIs. Eles refletem o Direcionamento Estratégico da empresa, como mostra figura a seguir:
O Livro Os OKRs e as Métricas Exponenciais está dividido em três partes:
Na Parte I explicamos as origens dos OKRs e sua redescoberta por um capitalista de risco, John Doerr, e sua feliz implementação numa nova startup, o Google e seu inspirador Propósito Transformador.
Na Parte II criamos um passo a passo para o melhor entendimento dos OKRs e como eles se diferenciam de outras abordagens, como por exemplo, o Balanced Scorecard. Criamos um guia prático para o leitor com exemplos de empresas de diferentes setores de atividade e sua aplicação em uma startup.
Na Parte III explicamos os fundamentos de gestão que suportam a abordagem dos OKRs. Destacamos como o processo dos OKRs tem uma sequência que possibilita a exploração de todo o seu potencial. Realçamos a sequência: Propósito Transformador, depois a Estratégia Empresarial Ágil e, em seguida, a definição dos Objetivos e dos Resultados-Chave.
Em especial, explicamos o significado da Estratégia Empresarial Ágil, uma nova forma de elaborar a estratégia na Era Digital. Na conclusão do livro apresentamos uma entrevista com um dos maiores especialistas em OKRs no Brasil, que compartilha com os leitores as principais lições aprendidas e os erros a serem evitados.
Por Que OKRs, Estratégia Ágil e Métricas Exponenciais?
Os OKRs representam uma nova abordagem para a Gestão Contínua do Desempenho de uma organização, seja uma corporação, uma empresa familiar, uma média empresa, uma startup, ou ainda, uma instituição pública.
As empresas referência no uso dos OKRs incluem: a Intel, o Google, a Alphabet, a Amazon, a Microsoft, o LinkedIn, o Facebook, a Netflix, a Fundação Bill & Melinda Gates, entre outras. Essas empresas alcançaram enorme sucesso e adotam os OKRs, “como um princípio organizador”, conforme nos explicou Sergei Brin.
Dessa forma, os OKRs podem gerar impactos positivos em organizações de qualquer tamanho. Os benefícios da nova abordagem nas organizações foram bem captados por Jim Collins:
“Se cada equipe, líder e indivíduo aplicasse os OKRs com rigor e imaginação, a sociedade poderia experimentar um aumento exponencial na produtividade e inovação”.
Os OKRs apresentam uma importante característica: os objetivos são conscientemente audaciosos e difíceis de serem alcançadas pelos membros de uma organização. Esse desafio pode ser resumido na frase – pense grande, comece pequeno, aprenda rapidamente, mostre progresso.
As Métricas Exponenciais, por sua vez, visam mensurar em tempo real os resultados, a criação de valor no presente, as projeções para o futuro e serem preditivas. Elas fornecem às pessoas da organização tanto um feedback, como também promovem o feedforward, um olhar para a frente, com atenção aos fatores que impulsionam os resultados futuros (do próximo ano, da visão estratégica).
As métricas exponenciais refletem a ideia do objetivo moonshot (quase impossíveis de atingir) das empresas inovadoras, que buscam um desempenho excepcional. Por exemplo, a X Development (ex- Google X), tem por finalidade criar projetos com um impacto 10X na vida das pessoas, e não um crescimento linear de 10%. A X se posiciona como the moonshot company.
Nas palavras de Astor Teller, líder (capitão) da X:
“As pessoas pensam que projetos ousados não recebem dinheiro devido a sua audácia. Não é verdade. É por falta de mensurabilidade”.
Numa palavra, métricas exponenciais precisam gerar informações, mostrar aprendizado e progresso, sendo suportadas pelos OKRs.
O livro Os OKRs e as Métricas Exponenciais explica o significado de Estratégia Ágil
A Estratégia Empresarial Ágil procura refletir o novo contexto empresarial da Era Digital, da Indústria 4.0, das Inovações Disruptivas, das Organizações Exponenciais, do Startup Way e do atual Ecossistema dos negócios em rápida transformação.
Neste ambiente, os empresários, os dirigentes de empresas e os gurus de negócios enfrentam mais um desafio: a estratégia precisa ser ágil, rapidamente implementada e avaliada por meio da experimentação, de interações junto aos clientes, de aprendizado e ajustes – tudo isso visando crescimento sustentável e a criação de valor e de riqueza.
O planejamento estratégico tradicional está em xeque devido a inúmeros fatores, entre eles:
- Demora na formulação;
- Não engajamento de profissionais-chave no início do processo;
- Percepção que é um processo apartado do dia a dia de trabalho;
- Baixa capacitação da equipe na metodologia utilizada;
- Alocação de investimentos insuficientes;
- Confusão entre os significados de estratégia e planejamento;
- Comunicação insuficiente;
- Falhas na execução.
Com essas deficiências não é de estranhar o baixo índice de sucesso das empresas com a implementação do planejamento estratégico. Por esse motivo, Richard Rumelt considera, que inúmeras empresas praticam a estratégia ruim, equivalente inclusive à ausência de uma estratégia.
Em contraste, a ideia de Estratégia Empresarial Ágil procura superar essas deficiências. Ela tem por finalidade capacitar a organização para conquistar clientes, num ambiente de rápidas mudanças, incerto, com oportunidades emergentes e acelerado pelas inovações disruptivas e tecnologias digitais.
No novo modo de pensar, como Ming Zeng muito bem nos explica.
“A estratégia não é mais análise e planejamento, mas sim um processo de experimentação em tempo real e envolvimento do cliente”.
A Importância dos OKRs para as Empresas
Em continuidade, gostaríamos de mencionar os fatores, que mostram a importância dos OKRs para as Organizações.
1-) As tradicionais abordagens de gestão empresarial e de planejamento estratégico precisam se adaptar ao admirável mundo novo de estímulo ao espírito empreendedor, da Internet, das tecnologias digitais e sociais, das inovações disruptivas e do startup way. Acima de tudo, elas precisam ser mais ágeis, com um ciclo de implementação mais curto, estimular as pessoas para a ação e produzir resultados de curto prazo percebidos na organização. É a valorização do aprender fazendo, errando e corrigindo rapidamente.
2-) As exigências do dia a dia operacional, têm colocado a estratégia e a consistência do modelo de negócio em segundo plano, nas prioridades dos gestores. Há também a falsa ideia de que a estratégia é algo muito abstrato e do interesse de gurus e da alta direção das empresas. Os colaboradores, frequentemente, não se veem como estrategistas em potencial da organização onde trabalham.
3-) Inúmeras pesquisas vêm demonstrando, ano após ano, que o Propósito, a Missão, a Visão e os Valores da organização não são interiorizados e bem compreendidos pela maioria dos empregados. Muitas vezes são feitos para cumprir tabela ou o ritual anual de planejamento estratégico. Este fato compromete o engajamento, o desejo de fazer uma diferença e buscar com determinação a consecução dos objetivos estratégicos e impulsionar os resultados da empresa.
4-) O timing e a cadência são importantes para a criação de valor nas organizações. Porém, muitas vezes vemos o oposto no trabalho das pessoas: um processo típico de planejamento estratégico demora meses, às vezes um semestre, gerando um lapso de tempo muito grande entre a formulação da estratégia e o início da execução. Nesta situação, há o risco das premissas originais não serem mais válidas, no ambiente competitivo em rápida transformação.
5-) A introdução de uma nova metodologia, assim como o domínio de um novo conhecimento, exige uma capacitação prévia, por meio de leituras, treinamento e troca de ideias entre a alta direção e a equipe de colaboradores. Esta preocupação raramente ocorre, quer seja sobre as abordagens de planejamento estratégico, ou ainda, na introdução da inovação, tecnologias digitais e outras práticas de gestão.
O mesmo pode ocorrer em relação à adoção dos OKRs na organização. Quando a metodologia utilizada não produz os resultados, a culpa vai para os suspeitos de sempre: a complexidade e a dificuldade da abordagem – e não as falhas em capacitação dos empregados e o não engajamento de alguns líderes. Sem um novo conhecimento, dificilmente uma nova abordagem de gestão conseguirá superar o mindset conservador, prevalecente nas organizações.
6-) A abordagem dos OKRs tem gerado um falsa percepção: a ilusão de que sua aplicação é simples, fácil e rápida. Como qualquer nova metodologia, ou conhecimento, os OKRs demandam capacitação, práticas, erros, acertos e um novo aprendizado. Como já dizia H. Menken: “para todo problema complexo existe uma solução simples, elegante e completamente errada”. Esta frase é válida para as pessoas que iniciaram, ansiosamente a implementação dos OKRs para rapidamente se darem conta, que o processo de definição dos Objetivos Estratégicos e Resultados-Chave não é tão fácil e superficial como imaginavam.
7-) Uma importante lição aprendida por aqueles que já implementaram os OKRs precisa ser compartilhada: o Propósito Transformador e a Estratégia Empresarial, são condições sine qua non para iniciar o processo dos OKRs e ser bem sucedido. A sequência recomendada a ser seguida é: primeiro o Propósito, que inspira qual deve ser a Estratégia, que por sua vez, direciona as pessoas para a definição dos Objetivos e Resultados-Chave da organização.
Conclusão:
Como as demais metodologias de gestão empresarial e de estratégia competitiva, a abordagem dos OKRs é sensível à cultura da organização, ao estágio do ciclo de vida do negócio (se é uma startup ou uma organização estruturada), ao estado da arte da tecnologia e à motivação e interesse da alta direção, dos gerentes e equipe de colaboradores.
Nesse sentido, a proposta do livro: Os OKRs e as Métricas Exponenciais pode ser resumida da seguinte forma: os OKRs precisam ser entendidos e implementados no contexto da Atitude Empreendedora, do Propósito Transformador Massivo e da Estratégia Empresarial Ágil.